Pobre, meu amigo
É u`a verdadeira disgraça!
Qué ganhá nossas terra di graça
Que nossos avô lutaro pra conquistá
Na base de tiro de arma como aquelas que tá
Pendurada na sala de istá.
E ocê inda mi pede carma!
Só di uví fala em reforma agrara
fico loco que nem sei
O que faria se um cabra
viesse bulí no que é meu.
Afinal, o guverno tem que tá
Do lado du pruprietaro
Pruque nóis num somo otaro
Pra ajudá elegê um cidadão
E na hora do vamo vê
Ele só fica puxano-saco de pobre
Dizeno que tá fazeno ação muito nobre
Assinano decreto pra disprupriá nossas terra
E dá elas pra pobraiera.
Eu é que não vô ficá de bobera!
Se priciso fô, faço uma guerra
Pra defendê minhas terra
Que muito mi são priciosa.
Pode ocê dizê que tenho
Muita maldade no coração.
Mas saiba que tenho muita devoção
Pelos santo da Madre-Igreja
Que eles me guarde e me proteja
Dos zóio grande do pobre
Pr`eu não te qui fazê uma guerra
Pra defendê minhas terra
Que, como já li disse, mui mi são priciosa.
Diz-que elas é uciosa.
Mintira! Não é não!
Elas é mui produtiva.
O que plantá nelas dá
Pois foro muito bem-adubada
Co sangue dos possero
Que lutaro contra meus avô
E perdero suas vida desenganda
Que não servia pra nada
Pruque pobre pé iguá mato
Que em qualqué lugá dá
e por mais que cê carpa ele
Nunca se livra dele.
Eu sei que ele tem lá sua serventia
Mas seu oiá de pidão me infastia
Perdo a paciência e li dô um pito
Quê que cê tá mi oiano
Co essa cara de bugre bravio
Parece que nunca me viu?
Desmoralizado, sai e apanha a exada
- Única coisa que lhe cabe neste latifúndio.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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