quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TRISTE REALIDADE

Ontem - dia 27/10/09 - estive em uma reunião do Projeto Efervescência Cultural, que aconteceu no anfiteatro da sab-prefeitura de Itaquera. Ele é um projeto idealizado para dar apoio às pessoas que produzem cultura na região de Itaquera, mas que abre espaço para os artistas de outras regiões. Foi bastante gratificante estar lá, que além de demonstrar um pouco de minha poesia, ainda fiquei sabendo que poderei anunciar em um SITE o trabalho que desenvolvo como escritor e editorador de textos literários.
Num dado momento, um dos presentes disse que para que nosso trabalho aconteça é necessário que façamos barulho... Que, no meu caso, meus livros têm que ser visto, analizado, que, dependendo, devo melhorá-los ou até piorá-los para que caia no gosto do público. Ressaltou que terei que utiliar palavras de baixo calão em minhas obras. A meu ver não existe nada mais abjeto para um artista que expressar aquilo que os outros querem ver, não o que ele deve fazer. Sim, porque, em verdade, essa estória de que todos os meus personagens têm que ter um linguajar chulo, grosseiro, não condiz com minha forma de escrever. Em verdade, todos os personagens que construo têm suas características particulares. Se se trata de uma prostituta, de um rufião, aí, sim, tem sentido que tais não tenham papas na língua...
Mas se a personagem em questão for uma pessoa culta, obviamente que esta se expressará num linguajar mais rebuscado. Além disso, se para ter meu trabalho reconhecido o preço for me adequar às exigências do sistema, estou fora, pois minha obra é uma constante oposição a tudo que nos oprime e alija de nossa veradeira essência humana.

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