Nem mes`ele saberia
Quanto tempo que fazia
Qu`el`era um andarilho.
Sempre cas sua mão vazia
E a barriga mais ainda
Que nem tod`os dia comia.
Segui`ele sempr`em frente
Procurando um lugar
Que dizem chamar Cocanha
que se com`até fartar
Que tem comida de sobra
Pra todos s`empanturrar.
Um di`ele deu cos costado
Bem lá na tal de Cocanha.
Viu tanta fartura lá
Que seus zóio arreganha
Doido pra matá a fome
C`um pedaço de picanha.
Tir`essa mão chea de dedo
Daí, Seu esfomeado!
Fez um cabr`engravatado
C`os zóio esgazeado.
Pru quê qu`eu não posso
Comê? Tô disisperado!
Primero tem que pegá
A ficha naquele caxa
Ou então cê não come!
Vooooti! Í naquele caxa?
Mas... tud`aqui n`é de graça?
Iss`é o que ocê acha!
De graç`aqui nem injeção
Na vea cê vai tomar!
Ué... mas aqui n`é a terra
Onde todos são iguar
Que tem tudo qu`é comida
Pra todo mundo se fartar?
Tudo qu`é comida tem
Mas cê tem que tê dinhero!
Mas não é possível isso!
Até aqui,companhero
O capitalismo chegou
Pra tudo virá dinhero?
Sim,e por falá`em dinhero
Vooê tem no bos`algum?
Porque se por um acaso
Estiver liso, sem nenhum
A port`é a serventia
Da casa e lhe dou um
Aviso: cai fora, certo?
Cocanha, que decepção!
Diz ele saindo à porta.
Ond`é que me tratarão
De igual pra igual
E mi`a fome saciarão?
Lá no REINO DO MEU PAI
Qu`espera por ti, meu irmão!
Fez um hom'iluminado
Estendendo-lhe a mão.
Agora, que desiludiste
Da quimera ilusão
De um sistema perfeito
Feito pelo ser humano
Entrarás no REINO ETERNO
Que não tem nenhum engano
E junt'ao PAI vamos tá
Cantan`e a ELE louvano.
Naquele mesmo momento
Em centelhas luminosa
Os dois home viraro.
E pra acabá ca prosa
Juntar`à LUZ, que NUNC`APAGA...
Podes crer que não é glosa.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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