quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PRÉLIO

Existência!
Tu és um turbilhão!!!
Tento
Mas não consigo
Superar tua força tempestuosa
Que a toda a humanidade arrasta
Neste imenso rio do existir.
Deixa-me caminhar
Com minhas próprias pernas
Ser senhor de meu destino!
Até quando bateremos
Neste prélio desigual
No qual tu sempre te sagras vencedora?
Ah! mas mesmo sabendo disso
Ainda assim continuarei te confrontando
No labor do dia-a-dia
E, um dia, quem sabe
Hei de vencer-te.
Quando prostras-me ao chão
Pela violência de tua mão
Tamanho é o impacto do golpe
Que, aturdido, ponho-me a pensar:
Terá vindo da Direita
Ou será que foi da Esquerda...
Porque ambas facções políticas
Sempre juram
Que nunca batem;
Mas no final
Sempre apanho...
Quantas vãs promessas
foram feitas à humanidade?
Quantos loucos disseram
Ser Napoleão?
Mas será que algum de eles
Terá sido mais louco
Que o próprio Napoleão?
Ele, seus canhões
e seus granadeiros
Quanto sangue derramaram
Prometendo à humanidade
Um mundo melhor!?
E eis no que a enorme hecatombe resultou...
A tão idealizada propriedade privada
Anda tão privada
Que nada restou-me.
Sei que dizendo isso
Hão de acusar-me de sedicioso...
E eu vos digo:
É evidente que o sou, camarada
Pois o que seria do mundo
Se todos abaixassem a cabeça!?

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